Foto José Tabacow
Foto José Tabacow

Expedições

Entre 1930 e 1985, Roberto Burle Marx embarcou em dezenas de expedições aos mais diversos lugares e biomas de norte a sul do Brasil: na Caatinga, no Cerrado, no Pantanal, na Amazônia ou na Mata Atlântica.

A equipe, composta sempre por uma gama de profissionais diferentes – amigos, botânicos, biólogos, arquitetos, colecionadores de plantas e interessados em vegetação, jardineiros e motoristas –, coletou milhares de espécimes vegetais, que formariam mais tarde o acervo do Sítio e uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais do mundo.

Tudo era cuidadosamente embalado e acondicionado, de forma a permanecer em boas condições até chegar ao Sítio, onde as espécies eram plantadas em locais próprios e, depois de supervisionadas por Roberto Burle Marx, utilizadas para multiplicações e aplicação em jardins.

Uma das mais significativas foi a expedição feita à Amazônia em 1983. No total, a equipe de onze pessoas, a bordo de uma caminhonete e duas kombis, percorreu 11.000 quilômetros, enfrentando o rigor da falta de estrutura e do ambiente adverso em plena Floresta Amazônica.

As excursões, que tinham um roteiro preestabelecido, podiam durar um final de semana, uma semana ou até mesmo quinze dias, e primavam sempre pela observação, coleta e catalogação de espécies variadas. É notável afirmar que mais de cinquenta espécies de plantas foram vistas pela primeira vez nessas expedições – e muitas levam o nome em homenagem ao seu descobridor, Roberto Burle Marx.