Foto Marcel Gautherot

História

O atual Sítio Roberto Burle Marx chamava-se, originalmente, Fazenda ou Engenho da Bica, pois as fontes de água existentes na parte mais alta do terreno eram canalizadas e serviam a população local por meio de uma bica próxima à estrada. A partir de 1681, com a construção da capela dedicada a Santo Antônio, passou a ser conhecido como Engenho Santo Antônio da Bica e, posteriormente, Sítio Santo Antônio da Bica.

Em 1949, Roberto e seu irmão Guilherme Siegfried Burle Marx compraram o primeiro terreno que hoje integra o Sítio Roberto Burle Marx, após uma longa busca por espaços que unissem boa diversidade de solos adequados, com rochas expostas, água abundante, e cujo entorno ficasse a salvo da especulação imobiliária. O local chama a atenção por sua vegetação nativa, formada especialmente por Mata Atlântica, preservada pelo Parque Estadual da Pedra Branca.

Em 1952 e 1960 os irmãos compraram e anexaram à propriedade inicial sucessivos terrenos vizinhos. Ao mesmo tempo, foram realizando as intervenções necessárias para transformá-la no laboratório pretendido por Roberto, com a instalação de infraestrutura, edificações, viveiros de plantas e áreas ajardinadas.

Em 1985, Burle Marx doou o sítio ao governo federal, com o objetivo de assegurar a continuidade das pesquisas, a disseminação do conhecimento adquirido e o compartilhamento daquele espaço singular com a sociedade.

Com a morte de Roberto Burle Marx em 1994, o sítio passou a ser gerido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O imóvel foi tombado pelos órgãos do patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro (1988) e da União (2000) e, desde julho de 2021, é Patrimônio Mundial, na categoria paisagem cultural, chancelado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).